segunda-feira, 17 de setembro de 2018

CANÇÕES PARA AMORES LÍQUIDOS



Puxa, mais de um ano para terminar um livro! Não pensei que seria tão demorado assim. Nem é um livro de muitas páginas... O tema? Relacionamentos! Relacionamentos em várias formas. O profissional, o familiar, os amorosos, o espiritual, o social. O bom é que estou quase acabando... Ainda este ano? Não sei.
Há também o relacionamento entre mim, o escritor, as personagens e o narrador (futuramente, o leitor também). E todo relacionamento tem suas peculiaridades, suas alegrias, suas falhas, seus desejos realizados, suas vontades escondidas, seus medos, suas certezas, sua eternidade.



Para viver um grande amor é preciso ser poeta, mesmo que você nunca escreva uma poesia. É preciso entrega, esquecimento, masoquismo, anarquia.
Para viver um amor é preciso estar vivo, não apenas viver. É preciso tempo, carinho, romantismo, verdades pela metade e umas pitadas de cinismo.
Para apenas amar é preciso pensar, não apenas respirar. É preciso olhar, aprender, entender, aceitar, querer.


Esqueça tudo isso. O amor (PP P M G GG ou EG) não é preciso. Tolo é aquele que tenta explicá-lo, e mais tolo ainda o que o tenta entender.
A desintegração das relações sociais, onde o amor é a maior relação social, foi o tema dos trabalhos do polonês Bauman {palmas para Bauman’s? (trocadilho infeliz, que mantive aqui porque eu quis)}.
É no pensamento desse polonês que se baseia o texto da peça Canções Para Amores Líquidos.
O espaço apertado do Teatro nos aproxima das cenas. Os atores revelam histórias que aos poucos são contadas, embaralhadas, misturadas e cantadas. Não há espaço para distração da plateia. A todo instante nossa atenção é despertada. A todo instante nos questionamos e tentamos entender (nos entender).
Puxa, hoje eu estou muitos parênteses. Até chaves eu usei. Talvez seja isso, usar parênteses, que as boas peças nos fazem.
Ouvimos, vemos e entendemos a mensagem e, como se fosse aberto um parêntese, consciente e inconscientemente repensamos a nossa existência, escolhas e conclusões. Não sei em que momento fechamos esse parêntese... nem onde acabam essas reticências...
Vá e abra seu parêntese!
Ao sair do Teatro, não se esqueça de fechar as aspas (que neste texto nem foram abertas) e acender as suas luzes!

CANÇÕES PARA AMORES LÍQUIDOS 
No Espaço Cia. da Revista
Sábado às 21h, Domingo às 20h, até o dia 30 de Setembro!