O rei da brincadeira (ê, José)
O rei da confusão (ê, João)
Um trabalhava na feira (ê, José)
Outro com a literatura (ê, João)
Numa semana passada, no meio da semana
João resolveu não brigar
Na quarta de tarde saiu apressado
E não foi pra Paulista jogar capoeira
Não foi pra lá, pra Casa das Rosas, foi um livro lançar!
E não foi sozinho. Ele e mais cinco amigos (Mel, Silva,
Driely, Tiago e Diogo) foram mostrar um pouco da jovem literatura paulista.
O livro O PARQUE é
isso: Brinquedos literários em forma de contos para você apreciar, distrair-se,
contemplar, aprender.
Nos anos 80 um livro, também de contos, foi o primeiro que
li nessa forma, onde um mesmo assunto é tratado por diferentes autores. O Livro
A MISSA DO GALO - VARIAÇÕES OSBRE O
MESMO TEMA, traz contos produzidos a
partir do conto homônimo de Machado de Assis.
Curiando (não me lembro
quem falava assim?) pela internet encontrei uma
poesia sobre o tema, de
Francismar Prestes Leal:
Parque de Diversão...
Quando a caravana
Do parque cruzava a
Rua de paralelepípedos,
A alegria me preenchia.
Corria até a montagem
Das máquinas e barracas.
E meus olhos luziam mais
Que as luzes dos painéis.
Quando abriam os portões,
Quando a caravana
Do parque cruzava a
Rua de paralelepípedos,
A alegria me preenchia.
Corria até a montagem
Das máquinas e barracas.
E meus olhos luziam mais
Que as luzes dos painéis.
Quando abriam os portões,
O faziam em meu coração.
E eu voava parque adentro.
Maçã doce, algodão do amor.
Brincava, e cantava, e sorria.
Que saudade daqueles dias...!
Venha, vamos visitar O PARQUE
BRINQUEDO: ASPAS
OPERADORA: Mel Geve
A história traz o quase Romeu brasileiro (Dirceu) lutando
para esquecer sua Julieta (Marília). O engraçado (e a vida é engraçada) é que,
exatamente antes de começar a leitura deste conto, ouvi Iracema, do Adoniran
Barbosa, uma música que também fala sobre viver (ou não) após a perda de um
grande amor. O texto é uma Montanha Russa, idas vindas pensamentos gritos
subidas descidas curvas medos incertezas. Emocionante!
BRINQUEDO: ABANDONADOS
OPERADORA: M.R. SILVA
Uma história que resgata e atualiza o folclore brasileiro.
Nossas lendas e tradições (geralmente tão substituídas por culturas alheias à nossa flora e fauna)
merecem mais trabalhos como o este. Ao final do texto pensei em “como é que seriam escritas As Reinações de
Narizinho nestes tempos informáticos?”. O conto é bem descritivo e faz o leitor acreditar que está em frente a
um computador acessando um Vlog. Que nossas raízes nunca sejam perdidas!
BRINQUEDO: UNICÓRNIOS
OPERADORA: DRIELY
MEIRA
Eu sempre confundi Unicórnios com o Pégaso, mas este não tem chifre e, nem
em todas as versões, aqueles possuem asas. Coincidentemente (como eu tenho
preguiça de escrever coincidentemente, muita letra para um significado simples)
antes de ler O PARQUE eu li O Centauro no Jardim, do (infelizmente pouco lido pelos
jovens) Moacir Scliar. Nele o Centauro sonha com um Unicórnio alado. O texto da Dryeli Meira é
introspectivo e trata sobre o lidar com diferenças e possibilidades. Leia o
livro do Scliar! Leia o texto da Driely.
BRINQUEDO: SONHO DE UMA TARDE DE INVERNO
OPERADOR: TIAGO VALENTE
Dizem que Ulisses foi o “único” a ouvir o canto das Sereias
e sobreviver. Para isso pediu para ser amarrado ao mastro do navio. Creio que
não foi o único. Amarrando-se no barco da inspiração, o Tiago também ouviu,
sobreviveu e nos contou. História bem amarrada, estruturada! Visitar um Parque
de Diversões nos instiga a viver aventuras, superar bloqueios dificuldades. E
se, por um acaso, superarmos nossos
medos e nos tornarmos heróis, quem vai acreditar? A resposta talvez esteja no
conto, talvez não. Enfrente seu medo, leia!
BRINQUEDO: NÃO SE VOLTA DA TERRA DE ENURESE
OPERADOR: DIOGO MARINS LOCCI
Eu confesso e (como canta Gonzaguinha) confessar me alivia.
Eu, como escritor, tenho muita dificuldade em acrescentar aos textos as modernidades informáticas contemporâneas. Como contar a emoção de
uma história onde a ação se passa numa
conversa de whatsapp? Não sei (ainda não sei,
mas algumas vezes não sou de desistir fácil). Enurese é um parque fantástico. O Michael Jackson adoraria brincar por lá. Texto intrigante. Muito bom!
BRINQUEDO: MILK-SHAKE DE AMORA
OPERADOR: JOÃO PAULO HERGESEL
O Amor é complicado, mas a paquera não. Há uma fase na vida
em que a gente pensa que as paqueras são amor. Não são. Um texto dinâmico que
retrata bem uma tarde adolescente, uma tarde de descobertas birras inconsequências
e revelações. Assim podem ser as tardes no Parque. Gostei!
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Os ingressos para este belo e literário Parque pode ser adquirido
na Amazon books ou com a editora. Liberte seu espírito jovem e venha para estas
surpreendentes páginas. O PARQUE te espera!
Para terminar imagens de um parque da minha infância e juventude: Play Center