sábado, 8 de outubro de 2016

FOLKFOCANDO & KOMBINANDO - Dourovale

Foto do facebook: Bezão Folkeando
Saudade!
Saudade do quê?
Do que não vivi. De uma alegria presente como se fosse antiga. Já sentiu isso?
Sabe as margens do rio Mississipi?

Não essa coisa moderna. Penso no Mississipi dos tempos de “As Aventuras de Tom Sawyer”, do Mark Twain.

É dessa saudade não vivida que falo. E ela se confunde com a saudade de estrada. De sair sem destino e conhecer Urubici, Garibaldi, Camanducaia, Brotas, Corumbá de Goiás, Aquidauana... e por ai nos encontramos.
Antes eu pensava que saudade era sinônimo de velhice, mas não é; ou não é só isso. Saudade é mais do que lembrar. Saudade é reviver em espírito, em alma, em memória uma sensação vivida, inventada ou imaginada (escolha suas palavras), algo que nos transporte.
Eu tenho saudade livre de viajar numa Kombi. No toca-fitas Sá e Guarabira: “Apesar das minhas roupas rasgadas...” Zé Geraldo: “De onde venho não importa, já passou...” Boca livre: “sair por essa vida aventureira...” Raul Seixas: “Ói, óia o trem. Vem surgindo por trás das montanhas...” Gil: “Vamos fugir deste lugar, Baby...”
Estrada é novidade, conhecimento, amizade, recordações e descobertas.
Sendo mais atual, no cd ou pen drive podemos levar Zeca Baleiro: “Se não eu quem vai fazer você feliz?” Skank: “Vou deixar a vida me levar...” Vanguart: “Minh’alma, sabe que viver é se entregar...” O Teatro Mágico: “Veio de manhã molhar os pés na primeira onda...” Nô Stopa: “me deixa andar, eu deixo ir...”
Porém o que me trouxe essa saudade boa ontem não foi nenhum desses. Foi o grupo Folk na Kombi. Eles gravaram, no Auditório Ibirapuera, seu segundo dvd. Com participações especialíssimas do Super Zé Geraldo, a aventureira trupe  de O Teatro Mágico e a sereia celeste Nô Stopa.
Foto; Rosana Xavier

Impecável!
Imperdível!
Inesquecível!
As músicas te levam para um passeio ao mesmo tempo moderno e antigo pelo rio Mississipi, rio Aquidauana, São Francisco, Paraguai, ou sei lá qual rio... Ou Fernão dias, Régis Bitencourt, rodovias de Goiás, do Mato Grosso, Santa Catarina, Sergipe, Rio Grande do Sul. E a vontade é de pular, dançar sem passo pré-estabelecido, em pé, sentado, dirigindo, sacudindo a Kombi.
É um som onde o rótulo é o menos importante. O que importa é a alma.
Foto: Rosana Xavier

Só senti falta de uma fogueira, numa das músicas em que eles cantam sentados próximos à Kombi.
Não sei se você gosta de estrada, da sensação de liberdade, de criatividade, de música inventada quase na hora do show, do improviso, da vontade de fazer e fazer. Caso goste viaje no ótimo som do Folk na Kombi.

Ainda há coisas boas sendo feitas além dos anos 80!
Quer saber mais sobre eles? Visite o site http://www.folknakombi.com.br/folk/

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