domingo, 23 de abril de 2017

O QUE HÁ POR TRÁS DO CÉU? - Dourovale

As flores não nasceram para alegrar a sua vida! Elas devem ter seus motivos e objetivos próprios; ou apenas vivem sem se a humana preocupação com significados. O que eu sei (ou acredito que sei) é que o vidro do vaso ou o plástico da embalagem não fazem parte dos planos das flores.
Sem a intromissão humana, as Rosas, os Cravos, os Girassóis iriam brotar, abotoar, florar, despetalar, jazer e adubar a própria terra que serviu de suporte para suas existências, alimentar suas raízes e, talvez (quem sabe?), renascer.
Não, as flores não nasceram para você ficar feliz ou infeliz! Nem para enfeitar sua mesa, sua casa, seu dia. Nós e nosso antropocentrismo...

Ontem foi dia de Belas Artes, salas paulistanas que servem como templo ao Cinema. O filme? POR TRÁS DO CÉU.
Caio Sóh dirige, entre outros, Nathalia Dill, Emílio Orciolo Neto, Renato Góes, Paula Burlamaqui, entre outros.
A história florece aos poucos. Os cenários impressionantemente duros se contrapõem às belezas do céu. O Cinza, o Azul. O tema é a vida, o viver, o nascer, o morrer, o renascer.
Assim como as flores, precisamos aprender a morrer o que já foi para não morrer o que somos, para não morrer definitivamente.

Esse Pequeno Príncipe adulto, moderno, POR TRÁS DO CÉU emociona sem ser piegas. É lírico! Poesia cinematográfica! Mas, diferentemente das flores, ele foi criado para ser visto, pensado e para decorar o seu entendimento e as suas emoções.
Não detalho a história para que ela nasça em ti, impressione como permitires.
Permita-te seduzir!

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