sábado, 4 de outubro de 2014

Resenha - Lua de Larvas (Sally Gardner) - Por Tiago Valente



 A primeira leitura da Bienal 2014 foi Lua de Larvas, da escritora britânica Sally Gardner.

SINOPSE:
Quando seu melhor amigo, Hector, é de repente levado embora, Standish Treadwell percebe que cabe a ele, a seu avô e a um pequeno grupo de rebeldes enfrentar e derrotar a opressão permanente das forças da Terra Mãe. História de extrema originalidade e contundência. É impossível não se comover com a narrativa enfática e o heroísmo inesquecível de Standish.


   Por pouco o livro não é considerado um Haicai, os capítulos são bem curtos e deixam a leitura rápida. O início pode deixar o leitor confuso, mas a história vai se revelando aos poucos, aumentando a curiosidade pelo desfecho. 
   A inocência de Standish, e sua visão simples do mundo, da leveza a uma história tão pesada em que um governo totalitário controla seus cidadãos e os separa em zonas. Com a chegada do homem a Lua, vários acontecimentos transformam a vida de Standish, como a chegada de Hector, que em pouco tempo se torna seu melhor amigo. Os dois vivem aventuras imaginárias com o objetivo de chegar ao planeta Júniper, mas logo a diversão é interrompida quando Hector e sua família são afastados de Standish, e é quando a verdadeira aventura começa. 
   Standish vive com seu avô, que o ajuda a enxergar o mundo em que vivem da melhor forma, além de protegê-lo.
   Embora pareça infantil, o livro traz passagens realmente fortes como a morte de um garoto após ser espancado pelo diretor de sua escola, e a invasão da casa do protagonista, mas tudo do ponto de vista inocente do menino. 
   Foi uma das melhores leituras do ano, e uma das mais rápidas também, embora seja a quinquagésima trigésima sexta distopia, traz diferenciais pela sua premissa infantil e também por possuir um único volume (finalmente uma história que não precisa de 3 ou 4 livros para ser concluída). As ilustração conversam com a história, embora não a representem diretamente (são basicamente compostos por ratos, larvas e moscas).   
   O estande da WMFMartinsFontes na Bienal recebeu a autora para um bate-papo com fãs, mas infelizmente não encontrei vídeo ou texto sobre o evento :( Se você participou ou leu o livro, deixe suas opiniões nos comentários, 

Até a próxima! 
   

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