Eu não consegui incluir no texto que vem a seguir uma indicação para livro. Por isso faço isso antecipadamente neste AS (antes escrito, contrário do PS - pós escrito).
Na Corda Bamba, Lygia Bojunga Nunes fala sobre uma menina, Maria, que vivia em um circo e precisou morar com a castradora avó. O livro é o resgate da personagem feito por ela mesma.
Hoje, aqui no A VIDA LIDA, vou falar de evolução pessoal, teatro e circo. Segue o texto:
“bela bela mais que bela
mas como
era o nome dela?
Não era
Helena nem Vera
nem Nara
nem Gabriela
nem
Tereza nem Maria
Seu nome
seu nome era...”
(Ferreira Goulart)
Seu nome era, e ainda é, Lígia Paula Machado.
Mas, muitas vezes a chamam de Lisbela.
Você já assistiu ao filme: Lisbela e o
Prisioneiro?
Músicos: João Paulo Pardal (guitarra e violão), Renan Cacossi (pífano e flauta transversal), Maristela Silvério (piano), Jonatan Motta (violino), Azael Rodrigues (bateria e percussão), Daniel Warchauer (acordeon), Augusto Brambilla (baixo acústico e elétrico)
Acróbatas: Roger Pendezza e Tarik Henrique.; Eis o que te espera!
Eu acho muito interessante essa mistura de teatro com circo e música. As crianças do Projeto Picadeiro Cultural
deveriam assistir Lisbela e o Prisioneiro para perceberem o quanto é importante e frutífero o que fazem. Os atores de Lisbela e o Prisioneiro também deveriam
assistir a Um Mundo Chamado Picadeiro (pena que fui na última apresentação
deles) para que não percam a chama impulsionadora inicial que, creio, todo
artista tem.
A Lígia é
bailarina, acrobata, sapateadora, coreógrafa, diretora, atriz, cantora, linda,
meiga e muito simpática. Ela não vem de uma família de circo, também não viu o circo-teatro.
Desde o início do século passado até os anos 60,
para atrair mais público, os circos passaram a apresentar no final de suas apresentações
encenações teatrais. Geralmente eram histórias escritas pelos próprios
circenses e o palhaço era o artista principal. Comédias, dramas, ação tudo era
possível de se ver nos picadeiros que corriam pelo Brasil. Destacam-se as
histórias do Benjamim Oliveira, Piolin, do Arrelia, do Xúxu, entre outros
grandes palhaços donos de circo.
Eu gosto de histórias contadas que te engulam.
Pode ser num livro, numa música, num palco ou na imaginação. Lisbela e o
Prisioneiro te leva para fora de si. Durante as 2 horas de apresentação (um
pouco mais, um pouco menos, que importa o tempo?) você se esquece, assim como
esquece do mundo e de que até já conhece a história. O espetáculo é
surpreendente! Muito bem montado, amarrado e musicado.
Assim como também é surpreendente a
apresentação dos alunos da Nágila e do Danilo. Crianças que também não são de
família circense, apresentam-se com uma vontade e determinação incríveis. O
palco, nos parece, não lhes é um estranho. Como também as artes circenses não
lhes são alheias.
Hoje, conversando com a Joselyn e o Fernando,
amigos circenses e excelentes professores de circo, ouvi e vi o quanto é bom para todos os
jovens essas aulas de equilíbrio, concentração, coordenação e dedicação. Numa
época em que o respeito e a obediência são raros é importante saber que, por
livre e espontânea vontade, ainda há pessoas (jovens pessoas ainda em formação)
que conseguem entender o quanto é necessário, para o nosso aprendizado e
evolução, a humildade de ser aluno.
Aplausos para todos os professores de teatro e de circo e
seus alunos!
Aplausos para todos atores de circo e de teatro e seus diretores!
Aplauso aos músicos!
Aplausos para todos que, como a Lígia Paula, a Lygia Bojunga, a Nágila
Ferreira, o Danilo Santana, o Fernando Prendin, a Joselyn Peña, a Silvia Sbano,
o Alfredo Muñhos, a Viviane Rabelo, o
Palhaço Xúxu se dedicam à evolução das pessoas através da artes do Circo!
Respeitável Público, não perca Lisbela e o Prisioneiro!