sexta-feira, 17 de julho de 2020

QUANDO DESCOBRI QUE ERA MENINA




O que é isto que você está lendo? Uma crônica? Uma matéria jornalística? Uma resenha? Uma crítica? Um comentário? Apenas um texto?
Eu, como autor, tenho a MINHA definição; que ficará guardada para mim.
É necessário que, depois da leitura, você faça seu próprio julgamento e crie a sua opinião.
 Talvez até você sequer pense nisso. Qual é a importância de definir como classificar este amontoado de palavras? Sinceramente, nenhuma.

Contudo, em certos momentos da vida, querendo ou não, descobrimos algumas definições muito importantes, que podem justificar, explicar ou orientar os rumos que seguimos ou seguiremos na nossa caminhada.
Quando foi que isso aconteceu com você?
Qual o momento da descoberta de um fato importante que te ajuda entender a sua forma de se relacionar com as outras pessoas e com o mundo?
Eu lembro da primeira poesia que me veio. O susto e a emoção de me sentir capaz de produzir versos. Aconteceu em uma tarde de agosto de 1976... Eu não estou aqui para falar de mim! Essa história conto depois... ou nunca...
A intenção deste texto é falar sobre um livro construído de uma forma bem interessante.
Nove ilustradoras, “de traços e vivências variadas” , trocaram histórias sobre um momento especial pelo qual todas passaram. Quem recebeu o escrito ficou incumbida de ilustrar aquela narrativa. Assim nasceu
QUANDO DESCOBRI QUE ERA MENINA

O livro narra nove episódios de tomada de consciência de que não existem regras pré-determinadas, rígidas, engessadas, que cada pessoa é obrigada a seguir para viver. Sejamos livres para ser o que somos. É possível ignorar os rótulos, principalmente se eles não lhe cabem bem.

Livro produzido com apoio de muitos, pelo Catarse. É sempre bom saber que ainda há que apoie a produção de arte.

Fazendo jus à intenção do livro, as ilustrações não estão presas em molduras. Ocupam os espaços que querem, ultrapassam os limites das páginas e seguem nas infinitas possibilidades da imaginação.
Histórias curiosas, engraçadas, motivacionais, instigantes e instrutivas.
Não é um livro apenas para meninas. Meninos também podem deitar os olhos sobre essas páginas. Eles, os meninos, também precisam se descobrir. Aliás todas as pessoas, para que a vida siga com menos traumas ou tragédias, necessitam compreender a difícil simplicidade de se entender, e se aceitar, como é.

Conheço uma das autoras, Carolina Trezena. Ela fez a capa de um livro meu e dos meus amigos, Verso É Prosa.

Para a Carolina (e estendo para todas as autoras/ilustradoras do livro) fiz o que um dia eu descobri que gosto de fazer:

                                                                       REFLEXO

A menina
Os espelhos
Que não refletem
A menina
Fez-se livro
Para refletir
                                                              Dorival Valente

Ficou interessado no livro? Entre em contato com a Carolina Trezena