É claro que fico triste com o fechamento de algumas das
livrarias da rede Saraiva. Assim como a da Cultura no Rio, A Van Damme de BH, a Valer de Manaus... e outras tantas livrarias em outras tantas cidades. A primeira tristeza que senti ao saber do
fechamento de uma Livraria foi a da Brasiliense, aquela que ficava na Barão de
Itapetininga. Eu a frequentava e sempre me emocionava por estar ali.
O problema não é novo. Essas grandes Livrarias brasileiras estão
sucumbindo às Grandes Internacionais. É a Globalização! Elas sofrem hoje, como
fizeram sofrer as pequenas Livrarias em seus arroubos Megamercadológicos de
crescimento no início dos anos 2000. sugestão de leitura http://www.saopauloantiga.com.br/uma-breve-historia-das-livrarias-paulistanas/
Muitas dessas pequenas livrarias se venderam às franquias
para ganhar uma sobrevida. Nada contra e pouco a favor. Com o fim das pequenas
livrarias, desaparecia também a importante figura do Livreiro.
Aramis Chain, desde os anos 60
Rua General Carneiro 441 - Curitiba
O Livreiro era a pessoa que entendia sobre os livros. Sabia
sugerir as leituras que agradariam os mais diferentes gostos literários;
conhecia autores, editores, editoras, edições; auxiliava a formação de bibliotecas
caseiras; e ainda achava tempo para administrar o seu negócio e ler as
novidades e os clássicos.
Eu muitas vezes penso que a tecnologia precisa de limites.
Em prol das comodidades e do conforto do lar, estamos deixando muitos seres
humanos sem atividade. Quem vai absorver tantos funcionários demitidos pela
Saraiva, por exemplo? Eu sei que aparecerá alguém que fará um discurso sobre se
reinventar, sobre adaptação aos novos tempos, que a informatização/internetização
cria tantos empregos como destrói os antigos... Mas não é isso que presencio.
Vejo os seres humanos cada vez mais perdidos, cada vez mais sem dinheiro e sem
ocupação; por outras vezes, como a demanda é enorme, a exploração do
Mário de Andrade
A foto está aqui apenas porque eu quero.
Não é citado neste texto.
Mas ele também frenquentava a Brasileinse
(eu acho).
trabalho
cresce e crescerá ainda mais.
O que será de nossas vidas
Eu não sei te dizer
Observo um mar de humanos cada vez mais sem opções e
condições e grandes empresários cada vez maiores e indiferentes ao vazio
ocupacional e espiritual de uma boa parte das pessoas.
Puxa, mais
de um ano para terminar um livro! Não pensei que seria tão demorado assim. Nem
é um livro de muitas páginas... O tema? Relacionamentos! Relacionamentos em
várias formas. O profissional, o familiar, os amorosos, o espiritual, o social.
O bom é que estou quase acabando... Ainda este ano? Não sei.
Há também o
relacionamento entre mim, o escritor, as personagens e o narrador (futuramente,
o leitor também). E todo relacionamento tem suas peculiaridades, suas alegrias,
suas falhas, seus desejos realizados, suas vontades escondidas, seus medos,
suas certezas, sua eternidade.
Para viver
um grande amor é preciso ser poeta, mesmo que você nunca escreva uma poesia. É
preciso entrega, esquecimento, masoquismo, anarquia.
Para viver
um amor é preciso estar vivo, não apenas viver. É preciso tempo, carinho,
romantismo, verdades pela metade e umas pitadas de cinismo.
Para apenas
amar é preciso pensar, não apenas respirar. É preciso olhar, aprender,
entender, aceitar, querer.
Esqueça tudo
isso. O amor (PP P M G GG ou EG) não é preciso. Tolo é aquele que tenta explicá-lo,
e mais tolo ainda o que o tenta entender.
A
desintegração das relações sociais, onde o amor é a maior relação social, foi o
tema dos trabalhos do polonês Bauman {palmas para Bauman’s? (trocadilho
infeliz, que mantive aqui porque eu quis)}.
É no
pensamento desse polonês que se baseia o texto da peça Canções Para Amores
Líquidos.
O espaço
apertado do Teatro nos aproxima das cenas. Os atores revelam histórias que aos
poucos são contadas, embaralhadas, misturadas e cantadas. Não há espaço para
distração da plateia. A todo instante nossa atenção é despertada. A todo
instante nos questionamos e tentamos entender (nos entender).
Puxa, hoje
eu estou muitos parênteses. Até chaves eu usei. Talvez seja isso, usar parênteses,
que as boas peças nos fazem.
Ouvimos, vemos e entendemos a mensagem e, como se
fosse aberto um parêntese, consciente e inconscientemente repensamos a nossa existência,
escolhas e conclusões. Não sei em que momento fechamos esse parêntese... nem
onde acabam essas reticências...
Vá e abra
seu parêntese!
Ao
sair do Teatro, não se esqueça de fechar as aspas (que neste texto nem foram
abertas) e acender as suas luzes! CANÇÕES PARA AMORES LÍQUIDOS No Espaço Cia. da Revista Sábado às 21h, Domingo às 20h, até o dia 30 de Setembro!
Na última Festa do Livro da USP, o estande da Editora Draco foi o que mais me chamou a atenção. Além de só trazerem autores nacionais, o catálogo da editora ainda apresenta obras que dificilmente seriam publicadas em outras mais tradicionais.
Minha escolha foi O Rei Amarelo. Na HQ, 8 artistas apresentam sua versão de histórias em que a peça amaldiçoada, "O Rei Amarelo" (que faz todos enlouquecerem após a leitura), aparecem nos momentos mais improváveis e levam consigo a sanidade dos personagens.
Todo em preto, branco e amarelo, o livro apresenta oito traços diferentes, e oito formas de narrativa que não tem conexão entre si diretamente, mas sim, num contexto maior. Em todas elas, os personagens buscam por Carcosa, um lugar, uma cidade ou talvez um estado de espírito, sendo um dos maiores mistérios da HQ. Os autores e as histórias foram escolhidos por Raphael Fernandes.
Enquanto "Fantasmas na Máquina" (Pedrada), "Maldita Rotina" (Airton Marinho e Marcos Caldas), "Taxidermia Anímica" (Rafael Levi e Samuel Bono) e Medíocre (Raphael Salimena) criticam a sociedade atual, seus vícios e preconceitos, "A Boneca" (Tiago Zanetic e LuCAS Chewie), "Caninos" (Erik Avilez e André Freitas), "O Rei dos Ratos" (Tiago Roch e Victor Freundt) trazem um protesto ao comportamento humano em geral, todos sendo costurados pela lenda do Rei Amarelo. Ainda temos o conto "A Rainha Amarela" (Maurício Campos e Péricles Ianuch), que explica uma possível teoria da forma como Edgar Alan Poe escreveu o famoso conto "O Corvo". Sendo capaz de atingir, desde o público fanáticos por mangás e quadrinhos, até aqueles acostumados com as narrativas de suspense, O Rei Amarelo traz novos artistas que merecem ser conhecidos pelo grande público, com traços marcantes e memoráveis. Espero que vocês tenham gostado, Até a próxima :D
Em seu segundo romance, Celeste Ng traz ao leitor um drama familiar que representa e critica o conservadorismo de uma pequena cidade planejada, tornando-se uma das melhores leituras desse ano.
Em Shaker Heights tudo é planejado: da localização das escolas à cor usada na pintura das casas. E ninguém se identifica mais com esse espírito organizado do que Elena Richardson. Mia Warren, uma artista solteira e enigmática, chega nessa bolha idílica com a filha adolescente e aluga uma casa que pertence aos Richardson. Em pouco tempo, as duas se tornam mais do que meras inquilinas: todos os quatro filhos da família Richardson se encantam com as novas moradoras de Shaker. Porém, Mia carrega um passado misterioso e um desprezo pelo status quo que ameaça desestruturar uma comunidade tão cuidadosamente ordenada. (sinopse disponível no site da Editora Intrínseca)
A forma como a narrativa me prendeu desde as primeiras fases foi impressionante. A estética da escrita se assemelha à utilizada por Clarice Lispector e Virgínia Woolf, um fluxo de pensamento que une de forma fluida e contínua o ponto de vista de cada um dos personagens.
Mia Warren tem, como função principal, derreter a solidez que permeia Shaker Heights, questionando os valores e costumes tão intrínsecos àquele grupo social. Sua filha, Pearl, logo se apaixona pela vida repleta de luxo e mordomias na qual os filhos da proprietária da casa vivem. Os laços entre eles se estreitam cada vez mais, deixando as diferenças entre as realidades sociais ainda mais evidentes.
Celeste Ng utiliza essa variedade de pontos de perspectiva narrativa para trazer ao leitor uma forte e necessária crítica a diversos tipos de preconceitos, como a xenofobia, o racismo e o machismo, focalizando em uma pequena cidade, aparentemente perfeita, e sendo capaz de espelhar a realidade atual de inúmeros países. É necessária uma leitura atenta para conseguir acompanhar o ritmo da escrita, sem deixar de perceber as minúcias que permeiam as mais simples situações retratadas e aproveitar muito cada página dessa obra tão singular.
Em uma linguagem jovem e fluída, Eduardo Cilto traz diversos questionamentos que passeam pelas mentes da juventude contemporânea em seu primeiro livro, "Traços".
Matheus, o típico adolescente dos romances YA (young adult), aproveita a experiência de sua primeira festa, na companhia de seus amigos da escola e de Beatriz, a garota por quem ele nutre uma forte paixão desde pequeno, quando é convencido por Ivo, seu melhor amigo, a participar de um duvidoso ritual místico. O ritual leva Beatriz a se questionar sobre sua monótona vida na cidade interiorana onde todos vivem, planejando então uma fuga para São Paulo, onde encontraria o Garoto Diferente, um youtuber que parecia ser o cara perfeito para lhe responder as complexas questões da adolescência. Incrédulo pela loucura da amiga, Matheus decide acompanhá-la, vendo ali uma perfeita oportunidade para passarem um bom tempo juntos e sozinhos, mas os desafios da cidade grande logo se revelam mais assustadores do que o esperado.
Misturando comédia, romance, mistério e diversas citações de ícones da cultura pop, Traços surpreende, principalmente, por ter um protagonista, ao mesmo tempo que extremamente semelhante à maioria dos personagens do gênero, perfeitamente desenvolvido. Matheus possui características, opiniões, atitudes e um passado muito bem planejados, desenvolvidos e demonstrados durante toda a narrativa, ainda sua história seja revelada aos poucos. A morte de seu irmão e sua atual relação com a família figuram como fatores principais nas tomadas de decisões do garoto. Além das aventuras e das situações inusitadas vividas por Matheus e Beatriz, os capítulos finais surpreendem pela atmosfera de suspense que se mantém até o final da narrativa.
A leitura é leve e rápida, já que o vocabulário é extremamente despretensioso e acessível para seu público alvo, incluindo ainda diversas passagens que questionam a realidade brasileira, seus grupos minoritários e o constante preconceito sofrido por eles. Os fãs de Eduardo podem encontrar inúmeras semelhanças entre o romance e o conteúdo trazido pelo garoto em seu canal na internet, aproveitando uma história que surpreende a cada novo capítulo, com personagens bem trabalhados e uma trama cativante.
Não foi pra lá, pra Casa das Rosas, foi um livro lançar!
E não foi sozinho. Ele e mais cinco amigos (Mel, Silva,
Driely, Tiago e Diogo) foram mostrar um pouco da jovem literatura paulista.
Olivro O PARQUE é
isso: Brinquedos literários em forma de contos para você apreciar, distrair-se,
contemplar,aprender.
Nos anos 80 um livro, também de contos, foi o primeiro que
li nessa forma, onde um mesmo assunto é tratado por diferentes autores. O Livro
A MISSA DO GALO -VARIAÇÕES OSBRE O
MESMO TEMA, traz contos produzidos a
partir do contohomônimo de Machado de Assis.
Curiando (não me lembro
quem falava assim?) pela internet encontrei umapoesia sobre otema, de
Francismar Prestes Leal:
Parque de Diversão...
Quando a caravana
Do parque cruzava a
Rua de paralelepípedos,
A alegria me preenchia.
Corria até a montagem
Das máquinas e barracas.
E meus olhos luziam mais
Que as luzes dos painéis.
Quando abriam os portões,
O faziam em meu coração.
E eu voava parque adentro.
Maçã doce, algodão do amor.
Brincava, e cantava, e sorria.
Que saudade daqueles dias...!
Venha, vamos visitar O PARQUE
BRINQUEDO: ASPAS
OPERADORA: Mel Geve
A história traz o quase Romeu brasileiro (Dirceu) lutando
para esquecer sua Julieta (Marília). O engraçado (e a vida é engraçada) é que,
exatamente antes de começar a leitura deste conto, ouvi Iracema, do Adoniran
Barbosa, uma música que também fala sobre viver (ou não) após a perda de um
grande amor. O texto é uma Montanha Russa, idas vindas pensamentos gritos
subidas descidas curvas medos incertezas. Emocionante!
BRINQUEDO: ABANDONADOS
OPERADORA: M.R. SILVA
Uma história que resgata e atualiza o folclore brasileiro.
Nossas lendas e tradições (geralmente tão substituídaspor culturas alheias à nossa flora e fauna)
merecem mais trabalhos como o este. Ao final do texto pensei em“como é que seriam escritas As Reinações de
Narizinho nestes tempos informáticos?”. O conto é bem descritivoe faz o leitor acreditar que está em frente a
um computador acessando um Vlog. Que nossas raízes nunca sejam perdidas!
BRINQUEDO: UNICÓRNIOS
OPERADORA:DRIELY
MEIRA
Eu sempre confundi Unicórnioscom o Pégaso, mas este não tem chifre e, nem
em todas as versões, aqueles possuem asas. Coincidentemente (como eu tenho
preguiça de escrever coincidentemente, muita letra para um significado simples)
antes de ler O PARQUE eu li O Centauro no Jardim, do (infelizmente pouco lido pelos
jovens) Moacir Scliar. Nele o Centauro sonha com um Unicórnioalado. O texto da Dryeli Meira é
introspectivo e trata sobre o lidar com diferenças e possibilidades. Leia o
livro do Scliar! Leia o texto da Driely.
BRINQUEDO: SONHO DE UMA TARDE DE INVERNO
OPERADOR: TIAGO VALENTE
Dizem que Ulisses foi o “único” a ouvir o canto das Sereias
e sobreviver. Para isso pediu para ser amarrado ao mastro do navio. Creio que
não foi o único. Amarrando-se no barco da inspiração, o Tiago também ouviu,
sobreviveu e nos contou. História bem amarrada, estruturada! Visitar um Parque
de Diversões nos instiga a viver aventuras, superar bloqueios dificuldades. E
se, por um acaso,superarmos nossos
medos e nos tornarmos heróis, quem vai acreditar? A resposta talvez esteja no
conto, talvez não. Enfrente seu medo, leia!
BRINQUEDO: NÃO SE VOLTA DA TERRA DE ENURESE
OPERADOR: DIOGO MARINS LOCCI
Eu confesso e (como canta Gonzaguinha) confessar me alivia.
Eu, como escritor, tenho muita dificuldade em acrescentar aostextos as modernidades informáticascontemporâneas. Como contar a emoção de
umahistória onde a ação se passa numa
conversa de whatsapp? Não sei (ainda não sei,mas algumas vezes não sou de desistir fácil). Enurese éum parque fantástico. O MichaelJackson adoraria brincar porlá. Texto intrigante. Muito bom!
BRINQUEDO: MILK-SHAKE DE AMORA
OPERADOR: JOÃO PAULO HERGESEL
O Amor é complicado, mas a paquera não. Há uma fase na vida
em que a gente pensa que as paqueras são amor. Não são. Um texto dinâmico que
retrata bem uma tarde adolescente, uma tarde de descobertas birras inconsequências
e revelações. Assim podem ser as tardes no Parque. Gostei!
Os ingressos para este belo e literário Parque pode ser adquirido
na Amazon books ou com a editora. Liberte seu espírito jovem e venha para estas
surpreendentes páginas. O PARQUE te espera!
Para terminar imagens de um parque da minha infância e juventude: Play Center
Atribuo o fato de ler o
tanto que leio à duas autoras: J. K. Rowling, e Sophie Kinsella. Os livros de
Becky Bloom foram fundamentais na minha formação como leitor e responsáveis pelo
fim de diversas ressacas literárias.
As páginas de “Devaneios de
uma Famosa Em Apuros” me trouxeram de volta à atmosfera do universo chick-lit,
que há muito eu não visitava. Na história de Nohane Carvalho, conhecemos Helena
DeLaio, garota talentosa que sonha com a fama em sua ainda iniciante carreira
de cantora, embora tenha que lutar com a desaprovação de sua mãe e dos
produtores que insistem em ver seu corpo como “fora dos padrões”. Num piscar de
olhos, e numa virada de página, um acidente é responsável por mudar sua vida,
transportando-a cinco anos à frente, sem qualquer memória dos anos anteriores e
com a descoberta do tão sonhado estrondoso sucesso na indústria da música. A
atual vida de Helena parece perfeita ao lado de Thor, seu marido rockstar, em uma casa repleta de
funcionários e uma horda de fãs, até que suas atitudes, decisões e
comportamentos nos últimos cinco anos mostram que talvez a fama possa ter lhe transformado
em uma Helena diferente daquela garota singela e sonhadora.
Não se deixe enganar pelos
primeiros capítulos do romance. A protagonista, que a princípio possa parecer comum,
logo começa a demonstrar suas peculiaridades, sua forte personalidade e seu
caráter. Sua evolução na trama deixa evidente o planejamento de desenvolvimento
da personagem feito pela autora, aplicado à trama de modo que nos aproxima e
nos cativa em poucos capítulos. Após algumas horas de leitura, já estava me
considerando amigo próximo de Helena e confesso estar com saudades de suas
loucuras.
Outro aspecto que evolui no
decorrer da narrativa é o humor característico do gênero. Pequenas pílulas de um
humor irônico e leve são acrescentadas à cada página, sendo responsáveis por
nos lembrar de que a juventude ainda está fresca na mente de Helena já que, para
ela, cinco anos se passaram em apenas alguns segundos. Aliado à protagonista,
Thor, o suposto marido perfeito, é peça fundamental da trama, acrescentando
muito aos momentos cômicos da narrativa através de sua sensualidade e malícia.
Apesar das diversas
risadas, o romance também me tirou algumas lágrimas (sim, no meio do transporte
público). Além do enfoque no romance do casal e em toda a situação
adversa na qual Helena tenta recuperar as rédeas de sua carreira, “Devaneios” aborda
diversas questões extremamente necessárias nos tempos atuais. A influência e crueldade da mídia no enaltecimento
do corpo perfeito, assim como diversas formas de exploração às mulheres da área
artística, são alguns tópicos que permeiam o romance, mas a choradeira rola
solta quando Helena tem que enfrentar as relações com sua mãe e com seus amigos,
completamente desestabilizadas nos anos esquecidos.
O principal acerto da autora é a forma como
ela cativa o leitor a cada página. Cada problema aparentemente solucionado por
Helena funciona como uma porta para novas situações, novos dilemas e devaneios.
O final de um capítulo é um convite irrecusável para o próximo e é impossível não
se identificar com a protagonista e torcer para seu sucesso. “Devaneios de uma
Famosa em Apuros” é perfeito para os fãs do gênero e para aqueles que desejam conhece-lo,
além de ser uma excelente prova de que as publicações e os autores independentes
merecem seu devido reconhecimento e mérito na literatura nacional.
O livro, assim como sua continuação, está disponível na Amazon: http://a.co/fZBLp47